Encontro para vivenciar e falar sobre Educação Ativa e Desescolarização

por | 17/03/11 | Eventos, Sustentabilidade | 1 Comentário

É com alegria e empolgação que a Tamara Hiller e eu cultivamos este encontro e agora podemos convidar oficialmente vocês, pais/cuidadores que querem estar conscientes no processo de crescer das suas crianças e que questionam a forma de educar corriqueira do nosso mundão…!

Abraços,
Renata Gomez

Encontro para vivenciar e falar sobre Educação Ativa e Desescolarização
com a participação de Ana Thomaz

“Mais legal e produtivo do que pensar sozinha é reunir-se com pessoas com interesse comum mas com experiências singulares”.

Este é um chamado para todos os interessados em formar uma rede de compartilhamento, trocas e discussão de vivências de educação livre, ativa, domiciliar, desescolarizada e temas afins.

Dia 19/03/2011 (próximo sábado)
das 14h às 18h30

Na Casa do Sorriso do Palhaço
Servidão Paulo Vieira, 193
(travessa da Av. Campeche)
Florianópolis – SC
(Veja o local no Google Maps)

Para pais e crianças de todas as idades.

Totalmente gratuito.
Trazer algo para um lanche coletivo.

Sobre crianças em roda de conversa de adultos…

A Educação Ativa (e/ou Livre) parte da plena consciência (e fé) de que os seres humanos, assim como tudo mais na natureza, já nascem com o potencial de todo seu “perfeito” e singular desenvolvimento, que acontece de forma orgânica e espontânea. Por isso, não é preciso que sejam “ensinados”, “dirigidos” ou “lapidados” para que desenvolvam suas qualidades. Isso é quase como dizer: estando com as crianças, nosso esforço maior é no sentido de não atrapalhá-las!

Para que isso aconteça, é necessário que exista um ambiente propício onde a criança possa exercer aquilo que seu “corpalma” é internamente impelido a fazer. Assim como a plantinha, que não precisa de ninguém para lhe dizer como, quanto ou de que forma crescer – mas precisa sim de um bom solo, certa luz, umidade, etc…

Até cerca de 7 anos a criança está vivenciando intensamente a fase sensório-motora-afetiva, ou seja, explorando-experimentando-provando seus sentidos em possibilidades e habilidades de interagir com o meio. Então, sua necessidade, que nós, adultos, podemos e devemos atender, é a de propiciar um ambiente seguro (com limites!) onde ela possa investigar e saciar seus olhinhos/narizinhos/ouvidinhos/boquinhas e, principalmente, mãozinhas ávidas e curiosas.

A liberdade é essa! Permitir que elas façam o que seus corpos (almas?) pedem para fazer. Em um ambiente seguro fisica e emocionalmente (entenda-se: com um adulto em quem confiem por perto e atenciosamente presente).

E esse é um dos grandes motivos (beeem resumido) pelos quais sugerimos que os pequenos fiquem “de fora” da conversa dos grandes (chato blá blá blá para elas!). Imaginem que elas vão estar loucas para pular, correr ou falar alto e nós lá, dizendo com vozes, olhares e gestos: agora não, isso aqui não, fica quietinho….. Porque é essa a necessidade de adultos que verdadeiramente conversam: um ambiente tranquilo e focado.

Outro motivo importante é que em uma roda de conversas de adultos podem surgir assuntos que sejam ou impróprios para crianças ou que exponham sua intimidade e as mobilizem emocionalmente. Para dar exemplos, seria impróprio se em algum momento a gente falasse indignado sobre fatos fortes da violência na TV. E seria constrangedor se falássemos de quando certa criança grande fez xixi no chão, de como pronuncia errado uma palavra qualquer, ou sentiu muito medo de alguma coisa. Apesar disso, são assuntos muito importantes e interessantes para pensarmos juntos.

Então, em respeito às crianças e aos adultos, achamos que o melhor é que os adultos se revezem para dar uma atenção de qualidade às crianças e possam bater o papo sobre educação. Com coerência ao propósito.

1 Comentário

  1. Iza

    Ao chegar aqui a frase: "Namastê: O Deus que habita em mim saúda o Deus que habita em você." provocou-me um impacto bem legal.

    É muito bom ver que pessoas estão se reunindo para debatar a educação.

    Acho que tudo tem seu tempo certo e que hoje alguns país não percebem que estão a ferir os sentidos de seus filhos misturando-os aos adultos na hora da conversa.

    Sou do sul do RS e professora de séries iniciais. Na minha classe vejo a pureza e a inocência de algumas crianças e a erotização precoce de outras. É triste.

    Abraço!

    Responder

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